7 de junho de 2010

Fez ontem duas semanas...

... que nasceu o nosso Filipe e ainda não tive oportunidade de fazer aqui o relato e o balanço dos dias passados na maternidade e destas duas primeiras semanas de nova vida.

Na madrugada do dia previsto para o nascimento (20 de Maio) comecei a perder as águas e lá fui a caminho do hospital, já não me deixaram sair de lá... encaminharam-me para um quarto e lá fiquei a aguardar novas ordens... de vez em quando lá me iam ligando ao CTG e controlando se estava tudo a correr bem.
No mesmo dia, às 18h, fizeram a primeira tentativa para provocar o parto, administraram-me uma cena que supostamente liberta hormonas e ajuda à maturação do colo do útero e faz efeito em 24 horas. Ora pois que na sexta-feira depois do almoço comecei a ter algumas contracções e depois das 18h, mais uma tentativa para apressar o nascimento do rapazola, desta vez foi um gel que age em 4 horas, as contracções  continuaram e foram sendo mais intensas e menos espaçadas e nessa noite fui durmindo em intervalos de 5 ou 10 minutos, às 3 da manhã chamei a enfermeira de serviço que me disse que a coisa ainda estava para durar...
Enquanto eu estava para lá a contorcer-me, o marido regressou a casa e mal dormiu a pensar que a qualquer momento iria ser chamado porque me ia levar para a sala de partos. Ora isto só aconteceu às 10 da manhã de domingo e já ele estava a chegar à maternidade.
Uma vez aí instalada, voltaram a dar-me mais uma vez o tal gel das 4 horas, porque o pequenote estava quentinho e não queria sair nem por nada! Pouco depois levei a epidural - ainda bem que na hora H decidi pedi-la, senão não teria sido capaz de fazer o Filipe vir ao mundo por parto normal - e a partir daí foi esperar, sempre ligada ao CTG, sempre dormitando, porque já não sentia as dores das contracções. O Carlos esteve sempre ao meu lado, de vez em quando ia à rua comer qualquer coisa, beber um café e informar alguns familiares e amigos que estavam em pulgas para saber o que estava a acontecer.
Enfim, as horas foram passando, sabíamos que o trabalho de parto estava em andamento, mas a ritmo meio lentinho... um dedo de dilatação por cada hora que passou, o que explica, em parte, as 15 horas que estive na sala de partos. A juntar ao tempo necessário para ter a dilatação completa, estive cerca de duas horas numa posição meio estranha, toda torta, para ver se o Filipe se virava, porque apesar de ele estar bem encaixado, estava de cara virada para trás, o que dificulta a saída do bebé. Bom, este plano não resultou e às tantas a obstetra (por acaso descendente de portugueses) que estava de serviço disse-me: «Agora tem 20 minutos para fazer o máximo de força que conseguir, a cada contracção, se o bebé nascer, óptimo, senão vamos fazer cesariana!» (quando a ouvi dizer isto, pensei para comigo que depois de estar ali 15 horas à espera do trabalho de parto se desenvolver, não era nada bom recorrer à cesariana e arranjei força não sei bem onde) e saiu da sala... e ficámos eu, o Carlos, o Filipe (ainda 'empacotadinho'), uma parteira e uma auxiliar. E a parteira dizia: «Quando tiver uma contracção, encha os pulmões de ar depois faça força, o mais que puder e durante o máximo de tempo. E vamos lá para não ser preciso a doutora vir cá com forceps ou ter de fazer cesariana. Nós gostamos muito dela, mas não precisamos dessa ajuda, fazemos tudo sozinhas que é muito melhor!» e assim fui fazendo... e assim o Filipe foi ganhando a melhor posição para nascer. E a parteira ia dizendo quanto tempo faltava e quanto menos tempo faltava, mais força eu fazia e à penúltima contracção ele ficou com a cabecita já meio de fora e a parteira disse-me para lhe dar a mão e sentir a cabeça do bebé, e eu senti uma farta cabeleira e deve ter sido isso que me deu o que faltava de energia para fazê-lo sair e na contracção seguinte a parteira perguntou ao Carlos se queria ser ele a pegar no menino e cortar o cordão e claro que ele quis e deu a volta à maca onde eu estava e lá lhe pegou, colocou-o no meu colo e cortou o cordão... foram muitas horas de 'sofrimento' para nós e familia, mas tudo está bem quando acaba bem.
Este dia que jamais será esquecido, foi dia 23 de Maio, eram 1h34 e o Filipe media 52cm e pesava 3,680 Kg.
Levei só 3 pontos interiores, mais por precaução que outra coisa, não foi preciso recorrer à episiotomia nem houve nenhum rasgão descontrolado.
O balanço destas duas semanas é muito positivo, ele é um verdadeiro anjinho, só come e dorme e não dá trabalho a ninguém.

5 comentários:

Rita disse...

Fixe, meu. Dps deste relato, só tenho a dizer k a mãe é mmmmmmmmttttttttttt forte. Passaram mundos e fundos para te conseguires conceber. E dps: tenho a impressão k, apesar de agr ainda estares em fase de adaptação a este mundo, qnd cresceres vais ser um verdadeiro... como é k se diz... Vais ser toooooooooorto, persistente, teimoso, pronto! ;) É assim mm, meu. Dá cá mais 5. 6ªf já te dou uns apertões. Ah! E nd de começar a chorar qnd eu chegar ao pé de ti. E tb nd de fazer xixi pra mim, tá? Eu sou a tua tia, por isso, deves-me respeito. Tenho dito. looooool

Kiduxa disse...

Parebéns!!!! Mãe, pai, manos, tios e amigos e avós e tuditudo babadissimos com o F.!

Gigi disse...

Realmente por vezes vamos buscar forças sabe-se lá onde, mas valeu a pena o rapaz nasceu de parto normal que era o que se pretendia.

Muitos parabéns, mais uma vez.

Quanto à cabeleira farta, meu deus, é realmente verdade, tens mais cabelo quase do que eu. lololol.

Muitas felicidades e parabéns pelo rapazola que é muito giro.

sarokas disse...

Já te disse outro dia e volto a repetir: foste uma grande mulher com uma grande coragem e determinação! Desejo que estas duas semanas se repitam para sempre e que o anjinho não vire anjolas!!! hehehe

Felicidades para todos

Cristina disse...

bem...isso é q foi ...mas o importante é q conseguiste trazer ao mundo um bébé mto lindooooooo...
parabéns mais uma vez...e bjssss p todos ai em casa
P.S. já sei q o meu afilhado tem um jeitão p o mano mais novo...q bom !!!!